segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Santos=Dumont X Irmãos Wright

Como é cediço, há uma polêmica sobre que foi o inventor do avião, envolvendo o brasileiro Alberto Santos=Dumont e os Irmãos estadunidenses Wilbur e Orville Wright. Para uma boa parcela da humanidade, quem inventou o avião foram os Irmãos Wright, em 17 de dezembro de 1903, com o invento denominado Flyer.

Mas, para aqueles que se aprofundam nos estudos sobre essa polêmica, ao final chegará à conclusão de que o verdadeiro inventor do avião foi o brasileiro Alberto Santos=Dumont, que no dia 23 de outubro de 1906, na cidade de Paris, a bordo do seu 14-Bis conseguiu alçar vôo com um aparelho mais pesado que o ar.

Fica então a pergunta: por que foi o brasileiro o inventor do avião e não os Irmãos Wright? A seguir, traremos à lume alguns aspectos que põem por terra a invenção norte-americana e desmarcara por vez uma das grandes mentiras da história recente da humanidade.

O Flyer (nome da marca de suas bicicletas) era construído de madeira e tela, com um cerrado cruzamento de cabos, dotada de minúsculo motor de 4 cilindros de 12cv de “fabricação própria” e pesava 120 Kg, conjugado por correntes normais de bicicleta a duas hélices de tração. O Flyer pesava 340Kg. Era pesado, instável e com asas inclinadas para baixo, precisou de ventos fortes para fazer seu vôo, descendente, do alto de uma colina. O Flyer tinha potência de 1cv para cada 28,5 kg, enquanto o 14-Bis tinha 1cv para cada 6 kg.

O vôo do Flyer não foi de conformidade com os critérios oficiais vigentes da Federação Aeronáutica Internacional. Os critérios, válidos ainda hoje, são: anunciá-lo previamente, efetuar a decolagem da máquina com meios próprios, pousá-la, além de fazer a demonstração em público e diante de uma comissão previamente escolhida. Por outro lado, o vôo de Santos=Dumont foi filmado por uma empresa cinematográfica chamada Companhia Pathé, sendo que todos os preparativos do vôo também foram registrados e a grande vitória alcançada foi noticiada pelos mais importantes jornais do mundo. O Aeroclube da França, inclusive, registrou o acontecimento em ata especial.

O Flyer precisava de um plano inclinado, descendo sobre um trilho (não tinha rodas) e dependia de ventos fortes (mínimo de 16 Km/h). O Flyer adquiriu sustentação quando a velocidade em relação ao ar atingiu 31 milhas por hora, sendo que apenas 10 milhas por hora eram resultantes da tração do motor; as outras 21 milhas por hora eram conseqüência do vento reinante na ocasião;

Os Wright fizeram questão de patentear o aeroplano. Não conseguiram. Com isso, atrasaram o desenvolvimento tecnológico nos EUA até 1911, ao tentar impedir outros americanos, como Glenn Curtiss, de desenvolver aeronaves, uma vez que não disponibilizavam a planta dos seu invento para ninguém. A Scientific American chegou a perguntar se eram "flyers" ou "liars“. Santos=Dumont, ao contrário, sempre disponibilizou a planta dos seus inventos para quem quisesse construí-los, incentivando as pessoas na conquista dos ares, numa demonstração de total desapego às questões capitalistas e valorização das questões humanas e culturais.

Um telegrama para o seu pai é uma das provas da realização do vôo em 17 de dezembro de 1903. Esse telegrama não pode servir de prova, uma vez que poderia se inserir qualquer informação, pois fora escrito pelos próprios Wrights. Havia também uma foto (abaixo) apresentada pelos Irmãos Wright, como prova da realização do vôo em 1903, mas, segundo alguns estudiosos, ela também não pode servir de prova, pois poderia muito bem ter sido tirada a qualquer momento e em qualquer lugar.



De 1905 a 1907, não realizam nenhum vôo. É muito tempo sem voar para quem havia inventado o avião. Deveriam realizar vôos para novas experiências e aperfeiçoamento do seu invento, coisa que não fizeram por dois longos anos.

Numas das exibições no ano de 1910, ainda é usada a catapulta para fazer o Flyer voar. Isso demonstra que o Flyer não conseguia alçar vôo com suas próprias forças, jamais podendo se comparar ao 14-Bis, que decolou usando a força do seu próprio motor, não precisando de nenhuma ajuda externa para conseguir esse feito. Por isso é que o Flyer não pode ser considerado como o primeiro avião a ser inventado.

Em 2003, nas comemorações dos 100 anos do vôo do Flyer nos EUA, foi construída uma réplica, com as mesmas dimensões e usando os mesmos materiais empregados na sua construção. O resultado foi um fiasco e atestado por especialistas que tal vôo, com essas características, era impossível. Já as réplicas do 14-Bis, construídas nos mesmos moldes do modelo original, voaram perfeitamente onde quer que se apresentassem.

Estas são alguns dos aspectos desabonadores e que servem para espancar qualquer tipo de dúvida a respeito da paternidade do avião. Já passou da hora das nossas autoridades realizarem uma campanha mundial para acabar de vez com esse engodo que foram os irmãos norte-americanos e reconhecerem, com toda honra, que o inventor do avião foi o nosso grande herói Alberto Santos=Dumont!

2 comentários:

Rubão MODELISMO disse...

Infelismente essa cultura, produzida pelos nossos representantes politicos, não é de hoje, vem ao longo dos tempos sendo
relegado ao esquecimento, nossos museus, nossos pintores, poetas artistas homens de ciência nossa história contemporanea tem o mesmo tratamento, a decadas. desde a descoberta do BRASIL até Hoje.
chega-se a dizer que brasileiro não tem memoria, em fim esta preocupação não da voto. e vai passando o tempo, e o nossos grande feito Históricos vai bem obrigado...ate quando...

Antonio Carlos Fortes Veiga - Dadau disse...

Este Senhor deve ser americano, excessivamente agressivo e muito mau educado ao defender suas percepções e argumentos. Um tipo de Chael Sonnen (do MMA) da aviação. Dá um tempo! Não mudaremos a história nestes comentários. Relaxa!

Se os Wright "voaram" antes, foi ao brasileiro que a origem da aeronáutica se deve - portanto, se o título de "pai do avião" é "exagero", já que pode ser dividido entre muita gente (Voisin, Blériot, Farman e Delagrange, etc), o Título de "Pai da Aviação" de Santos Dumont é justíssima! Ele resolveu uma das questões essenciais do vôo, que é tirar o avião do chão e pousá-lo. Deu ao mundo a chave da decolagem, executou isso publicamente, assistido e reconhecido por uma comissão internacional.